Páginas

terça-feira, 27 de abril de 2010

Critica fodastica


Bem, parece ser uma critica um pouco atrasada em relação a um filme que já saiu das telas, mas que estará sempre à disposição nas locadoras (se é que realmente ainda existam, falarei em outra critica) ou em nossa maravilhosa internet.
Venho relatar sobre o filme Distrito 9 (District 9), do diretor Neill Blomkamp; e o impacto que ele e Terri Tatchell conseguiram, com muito sucesso, sobre todos os espectadores da obra. O filme (como a maioria que está lendo já deve conhecer) se passa na África do Sul, e começa quando uma nave espacial estaciona sobre a cidade de Joanesburgo. Os seres vivos que ocupavam tal nave são obrigados a abandonar o veiculo e se refugiam em comunidades humanas, melhor dizendo, comunidades carentes e marginais da cidade, e durante 20 anos a nave fica estacionada sobre a cidade e os alieniginas acampados na terra.
O mais é preciso ver o filme, pois tudo o que se tem para relatar sobre ele, cada cena, cada objeto que aparece em cena tem algum significado monstruoso, com a intenção de esfregá-los na face da humanidade. Qualquer um que vá assistir ao filme que recomendo, toma um rumo completamente diferente nos pensamentos e reflexões que se tinha da vida, e que se tinha do próximo; e até aquela esquecida crise existencialista é cogitada após que se vê uma longa aventura imprevisível e aguniante se desenrolar frente aos nossos olhos.
As novidades desse filme de ficção científica é que o seu modo de filmagem e de dinâmica o faz parecer um documentário, com depoimentos das personagens que participaram de tal evento, ou que simplesmente tiveram alguma relação com ele. Mas às vezes faz o espectador esquecer que é um documentário, e depois volta aos depoimentos, fazendo quem assiste perceber os diferentes pontos de vista que há nos relatos, e os embates de algumas ideologias com outras. O que nós faz lembrar que isso acontece o tempo todo em nossa sociedade. Como embates entre etnias, línguas, economias, políticas e todos os embates monstruosos que o capitalismo e os seres humanos criaram para se estabelecer o poder.
E parece que de tudo isso, de tudo o que está presente em nossa sosciedade, Neill Blomkamp e Terri Tatchell, conseguiram pegar o que há de mais nojento e predominante para esfregar na cara de quem assiste ao filme, e de certa forma que faz a pessoa ter náuseas com pensamentos que jamais tinha tido, ou aprofundar em pensamentos que evitava.

Nenhum comentário:

Postar um comentário