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terça-feira, 22 de junho de 2010

Depressão

Ainda que só, eu fique
Meus dias ainda serão noites
Minha vida será boemia
Ainda que eu me identifique
Meus sorrisos não serão contentes
Minha noite sempre será fria
Nada será como sonhei antes de nascer
Antes de acordar
Antes de amanhecer
Antes de me matar
Agora o que sobra é minha confusão
Minha real ilusão
Onde tento ficar
Onde tento pular
Mas aprendi
E tenho que ter os pés no chão
Se eu ainda quiser respirar.
Não quero que seja assim
Mas meus anos de silencio
Dobrarão em anos de agonia por estar só
Nunca amei a mim
E só nessa morta solidão
Percebi que existia
Percebi que vivia
Mas sem coesão
De não ter-te afagada em meu peito
E que só agora posso sentir
Que meu peito é um gelo sem o teu calor
O qual eu nunca pude tocar
Muito menos com ele sorrir
Por finalmente poder te amar
Mesmo incerto do que é amor.
E por venturas, o destino me desamparou
E aonde vou
Não poderá me acompanhar
Porem cancele teu desespero
E teu choro
Pois cá estou a te esperar
E a chuva que pende deste escuro céu
Não sabes sobre essa chuva
Que a muito pende de mim
Motivada pelo escuro mais denso
O qual meu coração agora é
Mas espero-te chegar
Meu sol!
Por enquanto
Meus dias ainda serão noites.

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