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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Internacionalmente escravos

Não discuto o fato de produtos estrangeiros serem melhores que os nacionais, nem refuto o uso deles e nego esse tipo de ato. Mas a questão é que esse tipo de problema, do Brasil engolir todo o lixo empurrado garganta abaixo , foi culpa do próprio Brasil que sempre abriu as pernas para o comercio externo. Querendo fazer cara de bom moço para atrair capital estrangeiro para os salários dos brasileiros, mas a burrice foi pensar que tal dinheiro dado aos trabalhadores brasileiros seriam gastos em produtos brasileiros, uma vez que os produtos não eram melhores que os produtos “gringos” ou nem eram produzidos por indústrias nacionais. Logo os enlatados estrangeiros intoxicaram o sistema econômico brasileiro e ficaram circulando por ele até os dias atuais.
As propagandas, os desenhos, os filmes, tudo isso nós fazem ser alienados ao que acontece o tempo todo e a gente não vê, que somos apenas uma colônia deles, e compramos deles coisas que são produzidas aqui, mas baseadas em produtos que são lixo para eles lá! Não é a toa que somos piada lá fora! Depois o burro é o português?
O pior é saber que sempre corremos, sem consciência, do sonho americano, de poder consumir do bom e do melhor e ainda conseguir pagar as contas no final do mês. Mas me responda, como? Se sempre temos dividas internacionais, se o Brasil é o país dos impostos, e acima de tudo sempre dependemos da alta de uma moeda que não é nossa, fora o consumo desenfreado que faz todo o nosso dinheiro sair do país.
Pelo menos, nem economicamente seremos patriotas? Ou seremos um pouquinho de cada pais do mundo quando vestimos uma roupa da C&A, escovamos o nosso dente com a escovada Oral-B e pasta da Colgate, assistimos “Friends” na TV por assinatura (DirectTV) em uma televisão da Sony, ou quando estamos dirigindo o nosso carro da Volkswagem (ou Toyota, ou Fiat, ou Chevrolet, ou Subaru, ou Ford, ou Peogeot) até o Shopping Center, andamos entre lojas como Calvin Klein, Siberian, Brooksfield, Puma, Nike, Adidas, e compramos um belo Ipod na Fnac, ou um celular da Motorola, ou Nokia em uma operadora da Claro ou Tim!
Além de tudo isso, nós ainda temos que aprender a falar inglês. Dizem para não nos preocuparmos , por que o país está desenvolvendo! Mas só porque eles querem trabalhadores mais qualificados e falando as duas línguas.
Não se preocupe, apenas somos uma colônia que enriquece sem saber outros países com visões mais amplas e desenvolvidas sobre como se relacionar e se aproveitar de países ainda focados em coisas de pequenas magnitudes.

Um comentário:

  1. Nossa!
    Eu estou muito orgulhosa em ver a facilidade com que você se expressa e em perceber que você não está alienado como eu vejo tantos adolescentes hoje em dia ficarem.
    Tudo o que você falou faz sentido tanto hoje como faria a cinquenta ou cem anos atrás.
    Eu sou apaixonada por história. Não sou expert, não tenho essa pretensão, mas se você analisar o cenário mundial vai perceber que os países apenas reescrevem as suas histórias seguindo o mesmo roteiro do início de suas criações.
    Vamos pegar a nossa história e a dos EUA, só para exemplificar. Os dois países começaram como colonias, mas com uma significante diferença. Para o Brasil vieram os renegados: parte da corte que tinha alguma coisa a esconder ou que já não tinha mais dinheiro para se manterem, aventureiros, escravos. Todos pessoas que apenas viam no Brasil uma oportunidade de tirar proveito e retornar a sua cidade natal.
    Os EUA foram colonizados por protestantes que fugiram da perseguição religiosa na Inglaterra, e tinha como objetivo criar um lugar onde pudessem viver suas vidas em paz, ou seja, criar um lugar definitivo com uma melhor perspectiva de vida.
    Está vendo a diferença?
    No Brasil as pessoas vieram para explorar o lugar em proveito próprio, para poder retornar a sua terra natal, já nos EUA o objetivo era construir um lugar melhor para eles e as próximas gerações.
    E essa mentalidade continua até hoje em ambas as nações. O americano é patriota, ama tudo que diz respeito ao seu pais e se engaja na melhoria do que acredita estar errado. No Brasil continuamos empurrando tudo com a barriga, tentando aproveitar o máximo da situação e nos conformando com tudo que nos é empurrado goela abaixo.
    Um livro muito bom para ler e entender a colonização no Brasil é Casa-Grande e Senzala do Gilberto Freyre.

    Beijos
    Tia Jaque

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