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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Teoria do Não-Ser Humano

Hoje as pessoas querem tanto se defender, para não se machucarem, para não caírem em alguma armadilha do destino e se lamentarem o resto da vida. Evitam demonstrar os sentimentos, que são a essência do ser humano, para não serem vitimas da maldade do homem e todo o sistema em que se vive. As pessoas preferiram se adequarem ao que o mundo exige. Para entrar no padrão para ser como o outro, assim se protegendo de qualquer pancada que a vida dá, para viver o conforto das omissões e não dever satisfação a ninguém, nem a si mesmo.
As pessoas se conformam, então, com o seu eu, criando seus mundos, realidades, e jogos para viverem duas identidades, a primeira é a mascara que segue as regras e contribui para o jogo social capitalista, a segunda é o regulador, que brinca e maneja os sentimentos do ser humano, para criar o não-ser humano. É o regulador que cria os jogos invertendo os valores da essência e mistura nossos sentimentos com os valores que a sociedade obedece cegamente enquanto ela se empanturra de compras e propagandas todos os dias. É o regulador que nos corrompe criando os sentimentos de perversidade e de ganância, criando os monstros sociais dentro de cada um, alimentando-os com os restos que a sociedade garante como direito de cada um. O regulador excita-os, assim são maquinas, sem duvida, produtora eficaz do que ela mesma vai consumir, e ainda pagar por isso, assim é com este monstro que toda a sociedade se mantém. Enquanto o ser humano adormece ou é humilhado por toda a nossa auto-repressão.
Resumindo, nos dias de hoje, a ditadura é outra, ela é mais eficaz e complexa, a ditadura é pessoal, E lutar contra ela é a coisa mais difícil, pois não contamos com ajuda de ninguém, às vezes, nem de nos mesmos.
Mudar, o que mudar em nós para mudar o mundo? o que erramos? Onde criamos isso tudo para nós fechar e onde perdemos a ciência disso tudo? Talvez na mania que temos de querer ser melhor, e na vontade de sempre superar os limites, mas com isso acabamos criamos nossos próprios limites e caímos no conformismo de sempre estar atrás de algum lugar para servir, produzir, transportar, destruir, para depois consumir todo o nosso trabalho, enquanto os únicos que sabem como manejar todo o sistema de fazem nada e deixam o circo pegar fogo! Só há um caminho para todo o que fazemos! Destruir o mundo e a nós mesmos!

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